Fachadas Cortina - História

O Pavilhão Suíço, na cidade universitária em Paris, de Le Corbusier (1930) apresenta uma fachada em vidro que cobre três pisos. Embora não sendo uma verdadeira Fachada Cortina, representa um dos primeiros exemplos de fachada em vidro.

É na torre da sede central da Johnson Wax em Racine no estado do Wisconsin nos Estados Unidos, de F.L.Wright (1939) que, pela primeira vez, o vidro torna-se parede. Wright conseguiu criar um volume novo com um vidro opaco e continuo que não monstra caixilhos.

No início dos anos cinquenta os arquitectos e os produtores de perfis metálicos são os primeiros a utilizar fachadas contínuas de alumínio nos grandes edifícios. O edifício de 39 pisos da Secretaria das Nações Unidas em Nova Iorque, de Harrison e Abramowitz (1947) representa a primeira aplicação em grande escala de Fachadas Cortina em vidro e metal.

O Alcoa Building, em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia nos Estados Unidos, de Harrison e Abramowitz (1953) é um grande passo na evolução das Fachadas Cortina leves. Este edifício foi considerado como um marco na história da arquitectura. Os 30 pisos do edifício foram revestidos com painéis de alumínio de 3 mm de espessura, agarrados a uma estrutura metálica ligeira. Nesta obra o alumínio ganha um papel importante, como novo material para a construção, graças as sua peculiares qualidades como a leveza e o baixo custo, devido à facilidade de produção e instalação. Do ponto de vista estético, o alumínio abre novas portas para o acabamento de fachadas, seja nas cores ou no tratamento das superfícies.

Nos anos sessenta, a arquitectura, também com o contributo das Fachadas Cortina, atravessa um período dominado pelo interesse em construir rapidamente e com baixos custos. Com o desenvolvimento do consumismo, os edifícios são sempre mais altos e feios. Verdadeiros caixotes vendidos ao m3.

No entanto, a partir da metade dos anos setenta a aplicação de Fachadas Cortina em edifício de escritórios e bancos torna-se mais refinada, devido ao esforço de produtores e construtores, através da utilização de novos produtos e sistemas.

O grande Leonardo da Vinci dizia: “Os limites da imaginação do homem são postos pelos materiais de que dispõe”. O arquitecto era também engenheiro, construtor e fiscalizador. Hoje em dia os papéis são diversificados e, às vezes, corre-se o risco de os projectistas não conhecerem as possibilidades, ou os limites dos materiais de que dispõem.

 

Fonte: FACCIATE CONTINUE – Una Monografia – Itália 1990 - Editora Tecnomedia/Reed Business Information Spa